Brotos: a chave da transformação da vida # 33

Enviado porSeed4Life emter, 18/05/2021 - 13:00
# 33

As sementes, e suas trajetórias na direção da vida ou da morte, são uma metáfora do dilema que vivemos nos dias de hoje. Elas contêm em si o arquétipo da vida. Por esta razão são citadas em forma simbólica dentro das diversas  doutrinas. As sementes são portadoras da vida, são a esperança de prosperidade, são alimento e entendimento ao mesmo tempo.


O poder do pensamento humano é comparado à minúscula semente de carvalho, do tamanho de uma mostarda, mas que pode se transformar na gigantesca árvore. A parábola do plantio e da colheita, trazendo-nos a relação entre causa e efeito, nos lembra que estamos sofrendo hoje por malfeitos do passado: se plantarmos hoje a boa semente, amanhã colheremos saúde, amor, abundância e paz.


E assim, por meio dos mais diversos exemplos e citações poderemos ao menos nos aproximar do real significado destas minúsculas partes da vida terrestre, as sementes. Todo aquele que lida com sementes sabe do poder que elas têm.  
Seriam inúmeras as menções do significado das sementes em centenas de culturas e doutrinas filosóficas ao redor do planeta, mas neste pequeno texto, preferimos nos deter no insulto que estas portadoras da informação terrena e matrística vêm sofrendo nos últimos anos.


A suposta limitada capacidade de sustentar produção agrícola crescente levou o reverendo Malthus há mais de dois séculos a admoestar para o espectro da fome. David Ricardo, contemporâneo de Malthus, acrescenta a teoria dos rendimentos decrescentes, porque a expansão da produção de alimentos exigiria o cultivo em terras mais distantes e de menor fertilidade.
Esse foi o espectro que rondava as populações até meados do século passado. A revolução tecnológica – revolução verde que multiplicou a produtividade dos cultivos de cereais – rompeu essas barreiras a tornou abundante a produção de alimentos. Infelizmente com distribuição desigual, mantendo bolsões de fome em meio à abundância.


Essa expansão da produtividade não foi conseguida sem consequências, pois demandou o uso de fertilizantes, inseticidas, pesticidas e muitos outros cidas. Entre eles também os transgênicos, que podem ser entendidos como uma afronta à sabedoria milenar da natureza, que em milhões de anos vem selecionando espécies e suas respectivas relações com o ambiente.  
A qualquer momento poderemos estar ingerindo quantidades inadmissíveis de agrotóxicos nas farinhas que fazem o pão, os salgados e a merenda escolar de milhares, milhões de crianças.  A irradiação e a esterilização a princípio objetivam uma suposta limpeza ou esterilização da semente, mas na verdade garantem um maior tempo de estocagem e comercialização.
 Em todos os casos, as sementes perdem seu poder germinativo (perdem sua razão de ser), além de permitir reação com agentes agrotóxicos, formando novos compostos potencialmente ainda mais agressivos contra a célula humana. Quanto maior o tempo de silagem, maiores as infestações por parasitas e ainda maiores as aplicações de venenos. A regra final é a transformação destas sementes doentes em farinhas doentes, “integral” ou branca. 


As farinhas são a base da alimentação industrial contemporânea. Misturadas com açúcar e gorduras industrializadas, formam o cardápio principal de crianças e adultos de menor nível de renda, nos Estados Unidos, Brasil, China, Índia e grande parte dos países onde a identidade cultural alimentar vem sendo substituída pelo padrão “fast food”, alimentação a curto prazo que determina doença a médio e longo prazo.  
As sementes estão sendo insultadas pelo homem. Mas nenhum elemento vivo do planeta guarda tanta sabedoria e memória como estas pequenas pepitas de vida. 
Irreverentes, desafiam os cientistas da ciência da morte, revertendo os efeitos de mutações e mostrando sempre para que lado estão jogando: ao lado da vida e das redes de vida do planeta.
As sementes querem se multiplicar, se espalhar, gerar fartura e alegria na família humana. Na sua ânsia incontida em germinar, após o beijo da água, trazer o verde e anunciar bonança e prosperidade para cidades e aldeias e comunidades.
Trigo, quinoa, amaranto, alpiste, lentilha, gergelim, feijão, milho, centeio, cevada, amendoim, mostarda, trevo, alfafa, arroz, grão de bico, painço, levantai-vos!


Venham em nosso socorro! Estamos cansados e doentes, e vocês carregam dentro de si a origem da vida, a essência da cura! Com seu poder silencioso, guardiãs de uma nova era, permaneceram caladas e agora podem ressurgir, prontas a determinar uma nova ordem colaborativa e um novo consumo conscientes.


Assim são as sementes. Nutridoras, reprodutivas, multiplicadoras, amorosas, mantenedoras e curadoras. Tem o poder da regeneração, o poder de caminhar sobre a Terra e transformar-se em brotos, seus brotos transformarem-se em verdes hastes ou em alimentos para uma nova era.


Nada tão flagrante como os brotos para exemplificar, nas nossas casas, os diferentes caminhos que podemos escolher: a anestesia alimentar promovida pelas farinhas e todos os seus derivados, que geram a atual pandemia da obesidade, ou a vida pulsante dos brotos de pura energia vital. É uma forma livre e poderosa de trabalhar pela cura e pela regeneração da humanidade e do planeta. Um gesto poderoso e quântico, de gerar a vida na bancada da cozinha, irradiando vida para o universo. 
Esse é talvez o maior poder dos brotos e das sementes.


Esse texto é um convite para uma mudança cultural definitiva e permanente da humanidade. Como já se mostrou por diversas vezes neste blog, a mudança é boa para mim, para você, para todos nós humanos. Bom para a sustentabilidade da vida no planeta. Mudaremos da cultura da morte para a cultura da vida. Nunca esteve tanto em nossas mãos este direito. Cabe aos que se indignam com essa realidade buscar, entre os que germinam e os que ensinam a germinar os brotos da vida, alianças, parcerias e cooperativismo. Venham em nosso socorro! Estamos cansados e doentes!

 

 

Fonte: textos extraídos dos livros, aulas e anotações  do Dr. Prof. Alberto Peribanez Gonzalez
 

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